quarta-feira, 16 de maio de 2007

Número Um Rolando...

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SERRA: s.f. (Do lat. Serra) Máquina fixa
ou ferramenta portátil que apresenta uma
ou várias peças cortantes, acionada por
decreto-lei e que serve para cortar
madeiras, metais e autonomia universitária.

TAMBÉM NESSA EDIÇÃO:
Editorial:
A SEDA TÁ BOMBANDO
Pêsames:
A MORTE DO DR. MEUNOMÉAS
Política:
DEMOCRACIA DEMONOLÓGICA
Restaurante Universitário:
A FILA NÃO ANDA! Crônica: MISTO QUENTE COM GUARANÁ

Eles também têm mãe!!!

Unscaraí de Campos - da redação

O mês de maio, tradicionalmente lembrado como mês das mães, segunda maior data do comércio, nesse ano santo de 2.007, vai ter um quê de vampiresco. Explica-se: no momento que se discute a liberalização do aborto, já aprovada até mesmo em Portugal, recebemos a visita da autoridade máxima da igreja católica, oriunda dos quadros da ex-Inquisição, um homem que quer de volta o culto em Latim, com o celebrante de costas para os fiéis! Como se de costas para a sociedade não estivesse a vetusta instituição quando impede seus crentes de praticar métodos anticoncepcionais corriqueiros, como o uso de preservativos. Estranha divindade, esse deus cego para a AIDS que devasta a África e surdo a ruídos de alcova que costuma-se entreouvir em certas paróquias, nem sempre interioranas, mas geralmente...
Enquanto isso, o ilustre governador, ex-prefeito e futuro candidato, oriundo do movimento estudantil dos gloriosos e dourados anos ´60, assume o cargo da hora num surto contumaz de absolutismo centralizador. O quê mais impressiona é a data dos decretos: primeiro de janeiro, plena Confraternização Universal (sic), feriadaço! Às favas com a autonomia universitária! Três ou quatro canetadas depois e os parcos recursos, cada vez mais minguados, destinados ao ensino público, tornam-se contingenciados nos míííínimos detalhes.
Afinal, tudo é comércio, como o Dia das Mães, e para açambarcar maiores fatias do mercado, seja da fé ou dos cargos públicos, vale tudo e centralizar pode ser um ótimo começo. Manda quem pode, obedece quem tem juízo, como gosta de jactar-se certo professor da casa...
Suas boas mães, dos três, devem estar orgulhosas de seus operosos filhos, pela grandiosidade de suas obras terrenas.
O papa dirige uma igreja onde, no caso do Brasil, 74% da população se declara católica mas ignora solenemente os preceitos da igreja sobre casamento, es decir, são apenas normais: usam preservativos ou pílulas e praticam sexo antes e/ou fora do casamento além de acharem normais os “jeitinhos brasileiros” que lhes permitem locupletarem-se às custas da exploração alheia e/ou dos cofres públicos. Deve haver exceções, claro...
No caso do governador, ex-prefeito e futuro candidato, vale destacar sua constância e apreço à palavra solenemente empenhada, como no caso de sua breve prefeitura paulistana.
Bem, como a vida dos universitários é tão ou mais dura do que a das universidades públicas, não dá pra prometer presentinhos para as progenitoras das criaturas em foco, mesmo que de lojas de R$1,99 (eles não valem nem isso!). Assim, sugerimos que os interessados em homenageá-las o façam através de manifestações intelectuais ou do espírito, destinando-as ao terreiro mais próximo, no caso das segundas, ou para o blog d’A SEDA, caso sejam do primeiro tipo.
Mas, cuidado! Lembrem-se que estão falando com um Inquisidor e um Déspota, ainda que esclarecido (será?) E sempre há o perigo de que eles lhe cortem a ração (do RU) ou a comunhão (com os pecadores)...

Editorial

As pilastras do câmpus comentaram ativamente a edição número zero d’A Seda. Os adjetivos utilizados para qualificar o ‘empreendimento’ foram os mais diversos. Tivemos opiniões do tipo vão prá Vaisifu, seus playboy vagabundu! (sic), até quem tenha achado tudo fino & bem bolado.
O objetivo inicial foi cumprido com êxito: quem viu não ficou indiferente. Daí a colaborar, pôr os dedinhos no teclado, vai uma distância astronômica! O índice de comentários no blog (asedafinoebembolado.blogspot.com) foi baixíssimo, bem como o número de colaborações enviadas para o e-mail (asedafinoebembolado@gmail.com) A partir desta edição, A Seda passa a ser distribuída também na FDF e FACEF, com tiragem aumentada para 2.000 exemplares (o número zero teve 1.000, esquecemos de informar!). Esperamos as colaborações do pessoal do “Brejo” e aproveitamos para informar que alguns exemplares do número zero estarão disponíveis nos CAs da UNESP, FACEF e FDF, para consulta, além do Arquivo Municipal e do Arquivo do Museu, se eles aceitarem...
Na última semana do mês de maio estaremos divulgando a pré-pauta do número 2 no blog para facilitar o trabalho de quem desejar enviar charges ou textos, lembrando que a pauta é livre. Se você tem um material fino e bem bolado, texto, charge ou foto (tem que ser P&B), mande prá nós, sob pseudônimo.
Essa é outra característica do nosso jornal: aqui, ninguém sabe quem é quem, as colaborações só podem ser enviadas pelo e-mail citado e sob pseudônimo. A exceção que confirma a regra são os artigos reproduzidos da mídia alternativa/independente. Mas sem casa da mãe joana! Nada pessoal ou ofensivo, no máximo uma descompostura bem aplicada, e merecida, claro! Afinal, tem gente que tá pedindo... e precisando!

A Larica: eles fumam maconha, nós fazemos Unesp. No final, todos ficam com fome

Djeinesmarley de Hollanda - da redação

No último dia 6, no Rio de Janeiro, 250 pessoas se reuniram em prol do fino e bem bolado. Não que A Seda corresse o risco de ter sua brasa apagada. Na verdade, a mobilização ocorreu em defesa da legalização da maconha.
O evento, organizado por ONG´s pró cannabis, tem apoio de uma organização de maconheiros ainda mais ampla: a Global Marijuana March, presente em 232 cidades em todo o mundo, sendo 6 delas no Brasil. Aos brados de “tem que liberar/ maconha pra plantar”, os manifestantes utilizaram pôsteres e camisetas com imagens do deputado federal e maconheiro(será ainda?) Fernando Gabeira (PV), do governador Sérgio Cabral e do cantor D2, todos eles simpatizantes da causa. O governador do Rio argumenta que a proibição da erva é o que alimenta os traficantes e colocam os usuários em contato com outras drogas; a assessoria de Gabeira respondeu ao nosso e-mail: “Infelizmente, não temos nenhuma informação sobre essa iniciativa. Não fazemos parte da organização e, na verdade, nem sabemos quem é o responsável pelo evento.”; quanto ao D2, bem... Ele continua queimando tudo até a última ponta!
Como nem tudo é um mar de brisas, e como o baseado, a exemplo de Jesus Cristo, não agrada a todo mundo, os caretas trataram logo de jogar água no chopp (ou na brasa) dos maconheirinhos de plantão. O fato é que, paralelamente ao ato chamado de “Marcha da Maconha”, o vereador Márcio Pacheco, juntamente com os católicos, que esperam a viagem (no sentido literal) do Papa ao Brasil, distribuíram panfletos alertando sobre as nocividades causadas pelo cigarrinho do capeta.
No entanto, não é só na cidade do Pan que existe gente querendo dar um tapa (e gente “bolada” com isso). Em Porto Alegre, a esquadrilha da fumaça também preparou eventos pró loucura por lá , embora não tenha havido nenhuma passeata, não faltaram eventos e palestras informativas para quem quisesse ver. Segundo o site da organização, existe ainda muito medo de represálias e, por isso, não existe gente suficiente para que haja uma passeata lá. Por isso, quando há passeatas, a organização incentiva os fantasiados, oferecendo prêmios (fica a cargo do leitor imaginar quais são) para as melhores fantasias.
Outra cidade mobilizada foi Belo Horizonte, afinal de contas nem só de leite vive o homem. A ala mineira da turma do “acende, puxa, prende e passa” foi pras ruas carregando faixas com os dizeres: “Legalidade ainda que tardia!”, parafraseando o lema da bandeira mineira.
Apesar de sempre haver associação do uso de drogas com a violência, a Polícia Militar não registrou nenhum incidente, o que só comprova as propriedades pacifistas do “cigarrinho da paz”, o que não surpreende os organizadores do evento: “É a atual política proibitiva que provoca o aparecimento de um mercado paralelo armado, provocando a violência”, diz um deles. À respeito de fazerem apologia, os organizadores informam que o único intuito do movimento é informar a sociedade das características medicinais da droga, apesar dos efeitos colaterais.
Se bem que o mais notável efeito colateral da maconha é a fome (ou, no maconherês, larica) e não precisa, necessariamente, ser da fumaça para conhecê-la, que o digam os estudantes da Unesp de Franca. Não que eles sejam usuários (nem que não sejam), mas a larica franca-unespiana é latente nos estudantes, à medida em que estes enfrentam a gravíssima crise que assombra o câmpus e que tem como ponto de partida o Restaurante Universitário, o único restaurante que costuma fechar pra almoço... Bem, na verdade, ele vive (praticamente) fechado, independentemente do horário.
Bem, enquanto a ciência não inventar um THC que não cause fome, ou enquanto algumas autoridades unespianas, que como Bill Clinton, já fumaram, mas não tragaram, não se derem conta de que a fome entre estudantes existe (e não só entre os “descolados”) e não voltarem os olhos para tudo aquilo que é RU(im) no câmpus, continuaremos sempre curtindo o pior lado de tudo, porque, no que depender do RU(im), “vou apertar, mas não vou acender agora”.

O retorno do doutor

Caronte - direto do Rio Estige, às portas do Hades - colaboração on-line

Daqui, de onde vejo toda sorte de tipos, nesse infinito desfile mórbido, vi passar no último dia seis do seu calendário ocidental gregoriano - eu também leio ’A Seda - , a figura vociferante do Dr. Meunoméas... Bradava seu nome, como se isso aqui lhe conferisse alguma imunidade... Como disse, vejo cada tipo! Falou que chegava liso, sem a moeda com que me pagar. Respondi-lhe: ‘A regra é clara’ - sem moeda, sem travessia.
Por muito tempo continuou a vociferar sua cantilena áspera às margens do rio, tumultuando a passagem dos mortos, até que lhe propus voltar ao mundo dos vivos, a fim de assombrar aqueles que lhe negaram os meios de cruzar o Estige. Ao que vociferou ainda mais indignado, superando até mesmo sua discípula dissidente, Dra. Hadesvir, que essa, nunca vi igual, nem a quero aqui tão cedo, julgando pela amostra.
Depois afastou-se e não pude mais ouvi-lo, suponho que tenha voltado para o convívio trágico dos mortais.
Sei que vocês quererão rejeitá-lo, mas expulsá-lo em nada melhorará sua situação: o tipo de política dessa criatura tonitroante continuará bem vivo e ativo na disputa dos vivos pelo poder.

DEMocracia enDEMoniada e DEMente!!!

Por Rústico Delicado - colaboração on-line

O tema é interessante: DEM. Calma aí, gente! Não estamos falando propriamente do DEMônio, mas passamos perto!!! Estamos falando da refundação do Partido da Frente Liberal (PFL) que, a partir do dia 28 de março de 2007, passou a atuar na cena política brasileira com o nome de Democratas (DEM). Pois é... Eu pergunto: cadê o Democratas? Vamos rememorar: o partido político que ora se refunda está surgindo das cinzas do PFL. Este partido foi fundado em 24 de janeiro de 1985 a partir da chamada Frente Liberal, dissidência política do governista Partido Democrático Social (PDS) que indicou o Deputado Federal Paulo Maluf (PDS-SP) para disputar a Presidência da República na eleição indireta feita pelo Colégio Eleitoral. .

Uma vez descontentes com a referida indicação, políticos ligados até então ao regime militar - Aureliano Chaves (então Vice-Presidente da República), o Senador Marco Maciel (PDS-PE), o atual e último presidente do PFL, ex-Senador Jorge Bornhausen (PFL-SC), o então Senador Guilherme Palmeira (PDS-AL), o então Senador José Sarney (PDS-MA) e o então Deputado Federal Saulo Queiroz (PDS-MS) formalizaram a aliança com o PMDB, passando a apoiar o candidato à Presidência e então governador mineiro Tancredo Neves. Como todos sabem, Tancredo foi eleito e vestiu o paletó de madeira... Bem... E eu com isso?
E você com isso! Eu vou dizer: os partidários do DEM se dizem democratas, não émesmo? Pergunto: como fica a democracia empunhada pelo DEM se esta agremiação renasce de um partido que apoiou os militares durante 20 anos, 11 meses e 15 dias (1º de abril de 1964 até 15 de março de 1985)? E tem mais: o PDS surgiu em 1980 a partir da Aliança Renovadora Nacional (ARENA), partido político fundado em 1966 para sustentar o regime instalado após1964. .

E, por fim, mais um pouco ainda: com a extinção dos partidos políticos em 1965, grande parte dos partidários da União Democrática Nacional (UDN) migraram para a ARENA. E vocês conhecem a história da UDN? Não? Eu conto um pouco: foi um partido político fundado em 1945 e que tinha como principal lema a luta contra a figura de Getúlio Vargas. Durante as eleições presidenciais de 1950 e 1955, os udenistas instigaram os militares para impedir que seus adversários assumissem o poder legitimamente conferido pelas urnas. Em seu jornal Tribuna da Imprensa, o jornalista e udenista reacionário Carlos Lacerda propalava: "O Sr. Getúlio Vargas, senador, não deve ser candidato à presidência. Candidato, não deve ser eleito. Eleito, não deve tomar posse. Empossado, devemos recorrer à revolução para impedi-lo de governar" (Tribuna da Imprensa, 01/06/1950). E, não conseguindo chegar ao poder por meio do voto popular, os udenistas apoiram maciçamente o golpe que destituiu o Presidente João Goulart. Entenderam a lógica: UDN > ARENA > PDS > PFL > DEM > DEMocracia???
Ahhh... A charge do cartunista Maurício Ricardo conta um pouco da história acima: é só visitar o endereço eletrônico charges.uol.com.br/2007/ 04/17/cotidiano-coisa-do-dem/ e se divertir!!! Nem tanto...

Misto quente com guaraná

Visconde de Macaxeiras - da redação

Pra quem sempre preferiu guaraná à coca-cola, não é nenhum esforço boicotar um dos símbolos máximos do american way life. Aí vem a velha questão, quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha? No caso de nossos hábitos de consumo é a mesma coisa: difícil determinar se gostamos mais de cheeseburguer porque tendemos a achar mais legal o quê vem de fora, ou se preferimos um bom carne e queijo no pão francês, porque valorizamos mais o jeito brasileiro de ser. Incrível, mas, pelo menos para mim, pão francês é totalmente made in brazil, enquanto pão de hamburguer é tipicamente americano. Pense bem: um pão francês torradinho, com aquelas casquinhas estalantes e irresistíveis tem a ver com sol, calor, pele queimada, enquanto aquele pão de hambúrguer gorduchinho, arredondado e branquelo, e que ainda por cima gruda no céu da boca, sem dúvida nenhuma é tipicamente americano!
Já para um professor de geografia que eu tinha no segundo grau, chamar pão francês de brasileiro seria um enorme absurdo: o cara era obcecado pela idéia de que só devíamos comer pão de milho! Pão de milho pra ele era a redenção nacional, pois não precisaríamos mais importar trigo e tal e coisa. Isso tudo rolava no final dos anos 70, quando tudo era muito diferente. Existia um ar de nacionalismo no governo, a idéia de uma certa grandeza futura para a qual caminhávamos. Claro que era tudo pataquada, o que rolava mesmo era uma ditadura suja que pensava de acordo com o que os estrategistas de washington chamavam de doutrinapara a américa latina, a idéia do inimigo interno, os subversivos que deviam ser combatidos sem piedade, com tortura e tudo o mais. O problema é que sob o manto dessa ditadura cresceram malufs, acms, rorizes, fleurys e toda essa malta que, do ponto de vista de se arranjar, se deu bem na parada e está aí até hoje, enganando os que são menos informados ou mais sem vergonha mesmo.
Não é de hoje que quem dá as cartas no ocidente são os estados unidos, só os métodos é que são mudados de acordo com a conveniência deles. Prevalece o que disse algum americano, não me lembro quem, ’o negócio da américa são os negócios’. Nos anos 70, tendo como inimigo os comunistas, eles pintaram e bordaram na américa latina e na ásia e acho que só não pintaram na áfrica porque são muito racistas, mas lá estavam muito bem representados pelos seus mentores e predecessores imperialistas britânicos. Enquanto tudo isso acontecia, o mercado de todos esses países era inundado de gatorades, kellogs, marlboros, visas, hellmans, xerox (essa é um caso à parte, dá pra escrever um livro), falando de algumas marcas que me lembro agora, mas a lista seria quase infinita e, falando de "necessidades" que eles inventaram mas que não valem nada, ou que já existiam com nomes mais apropriados, temos as deliverys, os fast foods, os rents, as sales, os flats, as open bars, as steak houses, enfim um monte de lixo consumista americano de que não só não precisamos como nos fazem muito mal. O americano médio é gordo, ignorante, racista e preconceituoso; não tem a menor noção de onde
ficavam os jardins suspensos da babilônia, a torre de babel ou a biblioteca de nínive, justamente o lugar onde neste exato momento estão despejando toneladas de bombas de alta tecnologia. Seria engraçado se não fosse trágico, mas os computadores dos americanos são mais inteligentes do que eles! Basta dizer que são os americanos médios que elegeram e reelegeram (ou será que quem ganhou da primeira vez foi o al gore, faria diferença?) este governo que boicotou o Protocolo de Quioto e que deseja continuar expandindo, sem fronteiras e sem opositores, (até porque agora, segundo a doutrina bush, basta a presunção da ameaça para a certeza do ataque punitivo, preventivo e devastador) seu modo americano de devastar o planeta (mesmo que seja com bombas de catchup) em nome de seus negócios, suas bolsas, sua capacidade mórbida de continuar engordando e morrendo de doenças cardiovasculares de tanto comer batatas fritas cancerígenas do mcdonald´s ou se matando num mundo de violência desmedida, bem mad max, bem assassinos por natureza.
As cartas estão dadas, vai um guaraná aí?

Nas ruas, nas praças, quem disse que sumiu?

Liso de Souza - colaboração on-line

No último dia 17, cerca de 200 estudantes participaram de um ato políticocom um objetivo bem definido: A defesa da Universidade Pública de Qualidade. .
Essa mobilização vitoriosa foi um dos resultados de um extenso processo, que tem sua origem não apenas na luta contra os decretos do poder executivo estadual, mas sim no reconhecimento da extensa complexidade das políticas
educacionais, que por vezes diretamente atentam contra a esfera pública nacional.
Todo o processo privilegiou a discussão, a ampliação da participação em seus
diversos modos ativos, a composição, primando por não suplantar a individualidade daqueles que se dispuseram, cada qual à sua maneira, a lutar. Com muita atuação, mas sem pressa, reuniu-se informações e vontades na composição de uma alternativa viável dentro da realidade daqueles que querem compor o movimento estudantil. Dessa maneira, greve esvaziada, paralisação sem discussão, atuações dispersas deram lugar a composição de forças, grupos de discussão, reuniões, assembléia, intervenções lúdicas, vídeo em sala de aula; tudo isso fez possível um ato político forte.
Dicentes, professores, funcionários e a sociedade civil se uniram no salão nobre da faculdade e agora também nas ruas. A movimentção política se fez e se faz necessária para todos aqueles que se identificam contra a privatização do espaço público educacional, do seu sucateamento como política pública, e que reconhecem a faculdade como espaço fundamental para
a sociedade, cientes que deve ser gratuita, de qualidade e para todos. Defenda a Universidade Pública, ou acabe numa privada...

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Número Um em Produção

Unscaraí de Campus - da redação

Depois do sucesso de crítica (rss) que foi o nümero zero, já estamos preparando um novo jornal para a comuna unespiana. Os temas centrais serão a visita do tio Funéreo, vulgo Bento XVI, enquanto se discute a questão do aborto e os decretos centralizadores do Sr. José Terra, tido por muitos como vampiresco. Ou seja, vai ser de arrepiar...

Percebemos também que essa versão eletrônica não foi muito divulgada e pedimos que ajudem nessa tarefa, pois este é o canal de relacionamento aberto ãqueles que querem colaborar (ou espernear).

Como foi amplamente divulgado, o jornal é coletivo e está aberto ãs manifestações que forem encaminhadas até 27/04, sejam elas a favor, contra ou muito antes pelo contrário, desde que sejam finas e bem boladas, claro.

Afinal, seria interessante conhecer a posição do Joãozinho ou mesmo os próximos passos de Mr. Bond...

quarta-feira, 4 de abril de 2007

EDIÇÃO Nº ZERO - 1º de Abril



NOSSOS PATROCINADORES

Livraria Jurídica Lemos e Cruz 16 3722-6855
Multicópias – 16 3722-6428
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EDITORIAL

VEJA bem, nessa ÉPOCA de mesmice, a mídia quer zombar de nossas CARAS.Que MÉRITO têm essas revistas de ENFOQUE padronizado, ISTO É, sempre as mesmas notícias, muitas vezes com a mesma MANCHETE, que você encontra em qualquer JORNAL DO BRASIL? Façamos um EXAME: parece que todos acham SUPERINTERESSANTE o mesmíssimo assunto, como se nesse grande e vasto MUNDO ESTRANHO, todos só se preocupassem com ESTILO DE VIDA, BOA FORMA ou MANEQUIM, caminho seguro para ser VIP! Fazem de tudo um mero COMÉRCIO DA FRANCA, como se o PLANETA fosse apenas uma grande BUSINESS WEEK, onde se mede o VALOR de uma pessoa pelas QUATRO RODAS que ela dirige. O legal é ser PLAYBOY ou ter uma NOVA atitude que satisfaça algum CAPRICHO. CAROS AMIGOS, é uma honra apresentar um novo conceito de jornal, cujo material fino e bem bolado bem poderia ser o biscoito fino a ser comido pelas massas do Oswald Aqui se pretende tudo muito diferente. A criação é coletiva, a pauta e a edição são feitas a partir do material enviado pelos leitores e colaboradores por e-mail e os direitos autorais são livres, até mesmo porque o anonimato é garantido pelo pseudônimo. A Seda entende que não representa a maioria ou a média da opinião dos alunos do campus, nem pretende ser porta-voz de nenhuma das pilastras que tudo sabem e muito vêem, mas aceita de bom grado as informações por elas repassadas. Na medida do possível, acolheremos todas as manifestações, mesmo as contrárias e iradas, desde que sejam ao mesmo tempo finas e bem boladas.Afinal, estamos apenas produzindo um PASQUIM!

Manifeste-se: asedafinoebembolado@gmail.com

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Dr. Ubiali traz de volta o Miss Franca!




Política, tradição e bundas(não podem faltar)Chegavara & Pileke - da redaçãoE para aqueles que dizem que nada funciona no nosso querido país tupiniquim, aqui estamos nós para desmentir. Temos uma longa tradição que se repete hermeticamente. O nobilíssimo deputado federal, conduzido à Câmara por Franca, José Ubiali, está aí para provar. Eleito por expressiva votação, através de promessas voltadas para Franca, o nobre em questão não fez manha: no intento de ajudar nossa Franca do Imperador, mudou-se rapidamente para a cidade de Ribeirão Preto. Alguns eleitores revoltados saíram em protesto contra o fato, mas Ubiali (erudito e redundante, seguindo mais uma vez a tradição que nos é característica) argumentou que na verdade ele sempre possuiu propriedade em Ribeirão Preto, já que sua mulher há tempos estuda na cidade freguesa do basquete francano. O fato é que apenas esta e sua filha mudariam para lá, já Ubiali continuaria trabalhando arduamente em Franca. E continua mesmo, em contato direto com o “povão”. Foi visto em nosso shopping com sorvete na mão, distribuindo sorrisos e apertos de mão em sinal de gratidão. Mas vamos falar de uma questão mais agradável. Não é que Franca, após muito tempo voltou a eleger sua miss? Para nossa alegria, lindas mulheres distribuindo corpos deliciosos, ou com delicadeza, como já dizia nosso antigo professor “mulheres um tanto quanto apetitosas” . E qual não é minha surpresa quando vejo, como jurado e patrocinador, o mesmo nobre deputado, sem piscar nem vacilar. Prova de que o “hômi” realmente trabalha, principalmente em cima da mulher, e pretende exportar o que o Brasil possui em grande quantidade: bundas. Em pouco tempo, quem sabe, Franca não se torne uma grande potência em turismo à la carioca, e em outdoors Ubiali sorria para uma bunda com o slogan: “Franca: vem que dá”. Viva as bundas! Viva Franca, a cidade do futuro. E viva nossa tradição! Deprimente...

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Gilson de Souza mata Papai Noel!



O deputado estadual Gilson de Souza, em segundo mandato por Franca, anda confundindo o Marechal Deodoro, pasmem, com Papai Noel. Abordado pelo Programa Pânico, em seu gabinete na assembléia, o nobre deputado, depois de muito enrolar, confundiu Natal com Marechal. Acuado pelos repórteres, Gilson declarou solenemente: “ Papai Noel está morto”, parafraseando Nietzche.Em tempo: Gilson de Souza acaba se ser avaliado com um dos piores na assembléia: apresentou DOIS projetos de lei até hoje!No Youtube, digite: http://www.youtube.com/watch?v=MrQP86ftf8c Hilário, não fosse trágico...

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O Mistério do Aleph - Do correspondente no Cairo, Cap. Kalashnikov



Cairo, Egito - informações que circulam nos bastidores dessa capital, confirmam o complô internacional contra o uso de nomes misteriosos em sistemas de computador desenvolvidos por órgãos públicos. Segundo as fontes, a seita denominada “Guardiãs do Saber Faraônico”,estaria sabotando sistematicamente todos os softwares cujos nomes constassem da “Súmula Sabotante de Efeito Vasto, Catastrófico e de Quase Impossível Recuperação - Mohamma-Aleph-al-Qasi - na sintética expressão árabe. As guardiãs afirmam que o fracasso dos programas de computador inibe a força de suas invocações às entidades do seu panteão sagrado, no qual o Aleph é o deus supremo.Isso explicaria a demora na recuperação do Sistema da mais organizada, solícita, sorridente, perfumada, atenciosa, silenciosa e prazerosa biblioteca do mundo ocidental!Segundo funcionários que pediram para ter seus nomes preservados, o poder de fogo das guardiãs é incomensurável. Eles relatam que cada linha de código que é reescrita, letra a letra, ou melhor, 0 a 1, é imediatamente. assimilada pela Súmula etc etc etc, que também é vinculante e auto-limpante!Marines - Ainda segundo esses funcionários, teriam sido feitas gestões junto à comitiva de Mr. Bush para que ele despachasse imediatamente alguns marines para o Cairo a fim de dar cabo da sanha insana das “Guardiãs do Saber Faraônico”. Bush teria então alegado que “é isso que dá querer usar software livre”, numa referência capitalista, protecionista e puxa-saquista ao seu conterrâneo, Mr. Gui Portões. Ainda assim, ficou de estudar, pois revelou que tem informações seguras de novas jazidas de petróleo ao sul do Cairo. Enfim, resta uma esperança talvez demore um pouco, mas os marines devem mesmo vir.

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FDA sabatina chefs do R.U - Ednóia Becker - da redação

A FDA, órgão norte-americano responsável pela inspeção sanitária, recentemente conduziu experimentos acerca da qualidade dos alimentos servidos no Restaurante Universitário da UNESP. Isto se deu devido aos novos convênios com Universidades americanas. O doutor Saul Monélla, Phd em carnes exóticas da Universidade de Massachussets, revelou alguns de seus resultados para ‘A Seda’. Entre os mais aterradores existem casos de bebês com caudas vestigiais, falta de ânimo, flatulência e erupções nas partes íntimas. Ficou comprovado que tais anomalias são resultado da utilização de carnes exóticas adquiridas no mercado paralelo, entre elas, as já proibidas: bife de orelha de elefante, guisado de guaxinim e ravioli ao sugo de Tamanduá. Segundo o Dr. Saul Monélla não existem níveis seguros para o consumo destas iguarias, apesar do organismo estudantil parecer já mostrar níveis de adaptação que permitem a degustação moderada, com efeitos colaterais reduzidos, restando apenas a flatulência.

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O tempo da eqzistência - Aristotell-you - da redação

Que horas son, mi corazón?, pergunta-se o Manu Chao em uma de suas mejores canções.Será a hora de assumirmos nossas responsabilidades, ou será apenas o momento de fazer valer a lei do cacete, aquela, “manda quem pode, obedece quem tem juízo”?Lo tiempo, en Santo Agostino, es un ente diáfano e fugidio, como fugidias estão as bolsas daqueles que dependem que certos professores cumpram com sus más básicas obligaciones, é dicer, avaliar os alunos e dar-lhes as notas para que possam prosseguir em sus estudos.Estabeleceu-se o conflito e o especialista de plantão resolveu radicalizar, é dicer, mandou lá qualquer nota pra secretaria, preferindo fazer do problema dele o pesadelo alheio.Que culpa tienem los alunos se o mestre perde-se no tiempo de Agostino e esquece-se do aristotelismo de nossas instituiciones acadêmicas?Sejamos pragmáticos: professor leciona, aluno estuda e é avaliado, professor dá nota e aluno completa os créditos, ou não, como diria Caetano Veloso. Tudo de acordo com o calendário gregoriano, que é o que a Capes, a Fapesp e congêneres utilizam.Talvez nuestro perturbado mestre não saiba, mas para a resolução de conflitos, a melhor arma é a diplomacia, ainda que o GW Bush não pense assim.Aliás, tem muita gente graúda que que ainda tá nessa de “quem pode mais, chora menos”.Então, façamos um trato: você finge que ensina, nosotros hacemos esfuerzos a fim de lograrmos êqzito em nuestros créditos. Nós comparecemos às aulas, às provas e avaliações y usted cumple los prazos regulamentares. Así, em caso de notas baixas na primeira avaliação, teremos chance de nos redimir na próxima. Tudo de acordo com a mais banal das filosofias: viva e deixe viver, Mr Bond! (É incrível como certos cidadãos de meia-para-avançada-idade tornam-se assemelhados a um Sean Connery, porteño, sure!) Que horas son, mi corazón?

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Momentos Filosóficos

Momento nº1: Dr. Pauno Malfuf, parafraseando Che Guevara*:“Hay que enriquecerse, pero sin ser arrestado jamás!”
*Ernesto Guevara de la Serna, 1928-1967, médico e guerrilheiro argentino (mas nem parecia... rss)

Momento nº2: Luciana Gimenez, parafraseando Descartes*:“Penso, logo desisto”
*René Descartes, 1596 -1650, filósofo, cientista e matemático francês



Momento nº3: Bruna Surfistinha, parafraseando Zapata*:“É melhor passar a vida de joelhos do que morrer andando a pé!”
*”É preferível morrer de pé do que passar a vida toda de joelhos”Emiliano Zapata 1873-1919, camponês e guerrilheiro mexicano

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Mamãe, eu quero tomar cacetada! - Áspero da Silva - da redação

Está aí a grande vantagem da democracia: a gente se fode do mesmo jeito, mas podemos falar mal de todo mundo, cuspir pra cima, mostrar a bunda etc. Mas vamos sair desta metalinguagem e partir ao que me foi proposto. Quero escrever aqui a história de um mito. Mas isto requer um parágrafo novo.Agora que iniciei um novo parágrafo, vou contar a história do Joãozinho. Aos 17 anos sua fase de usar camiseta de banda de heavy metal havia passado e sua virgindade o incomodava. Foi aí que passou na Unesp, o que mudaria sua vida para sempre. Foi no pequeno campus francano que Joãozinho se encontrou. Na semana do bixo vomitava a um canto solitário quando foi socorrido por um camarada. No outro dia, agradecimento vai, agradecimento vem Joãozinho seguiu o caminho indicado pelo companheiro: comprou camiseta do Che Guevara (do camelô mesmo, da Forum era muito caro), chinelas Havaianas, aderiu aos baseados da “galera” e toda uma gama de gírias, como “comunidade”, “igualdade”, “não aperta que colaba”, “teto preto” e outros de ordem superior. Como todo bom “companheiro”, Joãozinho desenvolveu uma mutação genética que lhe dava a façanha de produzir cola pelas axilas. Assim, já formado como marxista de sovaco, o “Manifesto do Partido Comunista” foi anexado rapidamente às suas axilas, impossibilitando leituras mais profundas e melhor analisadas (já “O Capital” é projeto futuro e prometem ler no original assim como meu pai me prometia um playstation quando eu fizesse 13 anos). Nosso mito começou a participar de congressos e assembléias (traduzindo: fuminho, cachaça e propostas para tirar o Bush do poder). Na greve de 2006, Joãozinho estava na barricada da resistência contra os colegas pequeno-burgueses que queriam estudar. Em determinado momento a polícia chega e todos se exaltam. Os olhinhos brilham, os rabinhos balançam e suas pequenas cabecinhas sonham: Estou em 68, ele vai me dar cacetada, yupee! Imaginaram-se lutando contra a repressão do sistema capitalista blábláblá. Só que os policias por preguiça e pena foram embora. Ao chegar em casa Joãozinho confessa para a mamãe: “Hoje resistimos à entrada dos pelegos na faculdade. Pena que ninguém coopera. Nem os policiais. Mamãe, eu quero tomar uma cacetada”!. Um dia mamãe avisa: “Moleque nós vamos sair. Comer no Mac Donald's”. “Mac Donald's mamãe? Eu não posso”!. “Anda logo moleque”!!!. Como lutar contra a fome é bem mais complicado que lutar pelo comunismo, Joãozinho cedeu. Foi, comeu em demasia com uma satisfação interior imensa (não agüentava mais feijoada, farinha e rapadura, comidas da revolução). Na saída, “por acaso” ele se depara com o companheiro Valmir, e esse ao ver Joãozinho vocifera: “O que é isso companheiro”? E Joãozinho bem nervoso: “Espionagem companheiro, espionagem”...Mas eu não poderia esquecer a vida sexual de Joãozinho. Pelos atos heróicos de apitar em frente a Unesp, distribuir panfletos em locais perigosos (o povo é puro mas é selvagem) e pela rápida capacidade de produzir cola pelas axilas, nosso mito foi adquirindo nome no movimento (Movimento Revolucionário Barbudo com Camisetas Vermelhas, MRBCV). Com a campanha do companheiro Welderson pela Sociabilização do sexo, as companheiras que se negassem a participar da sociabilização eram expulsas do movimento por possuir caráter revisionista. Joãozinho, que é burro mas não é besta, aproveitou-se da campanha e sociabilizou seu pipi. Não entremos em detalhes. Todo mártir abdica de sua vida pessoal pela grande obra. Joãozinho abdicara de estudar. Tanto que não sabia discutir assuntos de menor importância referentes à filosofia e arte. Também se tornou inoperante para questões práticas. Não sabia assinar nem uma ata. “Não precisamos de ata. Ata é o cu da beata”.

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Agência Carta Maior pode fechar

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