quarta-feira, 16 de maio de 2007

A Larica: eles fumam maconha, nós fazemos Unesp. No final, todos ficam com fome

Djeinesmarley de Hollanda - da redação

No último dia 6, no Rio de Janeiro, 250 pessoas se reuniram em prol do fino e bem bolado. Não que A Seda corresse o risco de ter sua brasa apagada. Na verdade, a mobilização ocorreu em defesa da legalização da maconha.
O evento, organizado por ONG´s pró cannabis, tem apoio de uma organização de maconheiros ainda mais ampla: a Global Marijuana March, presente em 232 cidades em todo o mundo, sendo 6 delas no Brasil. Aos brados de “tem que liberar/ maconha pra plantar”, os manifestantes utilizaram pôsteres e camisetas com imagens do deputado federal e maconheiro(será ainda?) Fernando Gabeira (PV), do governador Sérgio Cabral e do cantor D2, todos eles simpatizantes da causa. O governador do Rio argumenta que a proibição da erva é o que alimenta os traficantes e colocam os usuários em contato com outras drogas; a assessoria de Gabeira respondeu ao nosso e-mail: “Infelizmente, não temos nenhuma informação sobre essa iniciativa. Não fazemos parte da organização e, na verdade, nem sabemos quem é o responsável pelo evento.”; quanto ao D2, bem... Ele continua queimando tudo até a última ponta!
Como nem tudo é um mar de brisas, e como o baseado, a exemplo de Jesus Cristo, não agrada a todo mundo, os caretas trataram logo de jogar água no chopp (ou na brasa) dos maconheirinhos de plantão. O fato é que, paralelamente ao ato chamado de “Marcha da Maconha”, o vereador Márcio Pacheco, juntamente com os católicos, que esperam a viagem (no sentido literal) do Papa ao Brasil, distribuíram panfletos alertando sobre as nocividades causadas pelo cigarrinho do capeta.
No entanto, não é só na cidade do Pan que existe gente querendo dar um tapa (e gente “bolada” com isso). Em Porto Alegre, a esquadrilha da fumaça também preparou eventos pró loucura por lá , embora não tenha havido nenhuma passeata, não faltaram eventos e palestras informativas para quem quisesse ver. Segundo o site da organização, existe ainda muito medo de represálias e, por isso, não existe gente suficiente para que haja uma passeata lá. Por isso, quando há passeatas, a organização incentiva os fantasiados, oferecendo prêmios (fica a cargo do leitor imaginar quais são) para as melhores fantasias.
Outra cidade mobilizada foi Belo Horizonte, afinal de contas nem só de leite vive o homem. A ala mineira da turma do “acende, puxa, prende e passa” foi pras ruas carregando faixas com os dizeres: “Legalidade ainda que tardia!”, parafraseando o lema da bandeira mineira.
Apesar de sempre haver associação do uso de drogas com a violência, a Polícia Militar não registrou nenhum incidente, o que só comprova as propriedades pacifistas do “cigarrinho da paz”, o que não surpreende os organizadores do evento: “É a atual política proibitiva que provoca o aparecimento de um mercado paralelo armado, provocando a violência”, diz um deles. À respeito de fazerem apologia, os organizadores informam que o único intuito do movimento é informar a sociedade das características medicinais da droga, apesar dos efeitos colaterais.
Se bem que o mais notável efeito colateral da maconha é a fome (ou, no maconherês, larica) e não precisa, necessariamente, ser da fumaça para conhecê-la, que o digam os estudantes da Unesp de Franca. Não que eles sejam usuários (nem que não sejam), mas a larica franca-unespiana é latente nos estudantes, à medida em que estes enfrentam a gravíssima crise que assombra o câmpus e que tem como ponto de partida o Restaurante Universitário, o único restaurante que costuma fechar pra almoço... Bem, na verdade, ele vive (praticamente) fechado, independentemente do horário.
Bem, enquanto a ciência não inventar um THC que não cause fome, ou enquanto algumas autoridades unespianas, que como Bill Clinton, já fumaram, mas não tragaram, não se derem conta de que a fome entre estudantes existe (e não só entre os “descolados”) e não voltarem os olhos para tudo aquilo que é RU(im) no câmpus, continuaremos sempre curtindo o pior lado de tudo, porque, no que depender do RU(im), “vou apertar, mas não vou acender agora”.

2 comentários:

Anônimo disse...

+ bech... ops... ticket
- larica


hsuasuahsua

Anônimo disse...

olha vou falar bem a real,eu sou aki de santan catarina e a maioria dos meus amigos fumam um baseado, eu naum axo nada de mais. um deles disse pra mim q as vezes fuma pra poder comer ou poder se acalmar.eu axo q a maconha deveria ser liberada.